domingo, julho 03, 2011

Cicatrizes do tempo

O que foi o começo de tudo isso?
Quando foi que a roda do destino ou do acaso começou a girar?
Talvez seja impossível conseguir a resposta agora,
Dentro desse fluxo de tempo…


Mas, eventualmente, desde então
Nós amamos muito, também odiamos tanto,
Nós ferimos os outros e ferimos a nós mesmos…

E ainda assim, nós corremos como o vento,
Enquanto nossas risadas ecoam,
Sob o céu quase colorido…

...

Eu tenho esperado uma eternidade só por esse momento…
Só por esse momento…


Inexpressivamente buscando sem parar…
A extinção das formas de vida…

As palavras
que foram apagadas…
Os pensamentos
que foram removidos…
Os charcos das prisões
que evaporaram pouco a pouco…
Os ecos da consciência
que lentamente desfaleceram-se…


Amor para ódio…
Ódio para amor…
Por que nós nascemos?
Por que morremos?


Evolução?
A “sobrevivência dos mais aptos?”
Como permanecer naquele lugar de
injustiça mútua…
Matando indiscriminadamente…


Os “ovos” que chamamos de planetas…
E os inumeráveis “espermatozóides”
Agrupam-se todos a nossa volta
é o que chamamos de formas de vida…


Quando uma daquelas incontáveis sementes
insemina um planeta,
um novo universo nasce.


Mas até que isso aconteça,
centenas de milhões de anos passarão,
e inumeráveis formas de vida nascerão, e depois, morrerão…


Isso é o começo e o fim.
Tudo existe por um momento.
Isso é tudo que o universo pode envolver
até a próxima geração…


É isso que nos faz fantoches?
É... cada um de nós tem uma vida curta
nada além de um sacrifício em vão
Será que só as formas de vida escolhidas por alguém
podem nascer?


Não. Esse não é o caso!
Cada um de nós
tem a chance de tornar-se
o que escolhe. Somos as formas de vida
que insemina o planeta.
Sim, esse pode ser “você”…


O genes e o meio ambiente…
Cada um de nós pode experimentar fazer sua natureza.
Sob condições limitadas
Nós somos cada parte.


Cada forma de vida que se esforça
para suprir com dificuldade uma outra forma de vida
efémera
formando um vínculo sagrado
que faz a criação de um novo universo.


Se um desses elos se separam,
Não existirá futuro.


Não há algo como
uma forma de vida inútil...
Não há algo como os ‘fantoches’!


Todas as coisas
na totalidade da natureza
talvez sejam só sonhos…
sonhos da “vida”…


Tudo isso também,
talvez não seja nada mais do que
um sonho sonhado pelos planetas
antes de nascer.


Oh, mas sim…
Na verdade todos os sonhos
retornarão para Zurvan…
para o mar dos sonhos…


Mas agora, você será capaz
de viver sua vida!


Nós sozinhos não temos o poder
para curar o mundo que está machucado,
ou para resolver todos os mistérios.


E agora, bem depois…


Isso foi bom
sabemos agora, companheiro!
Obrigado por nascer


Suponho que agora seja a hora de dizer,
“vejo você depois, amigo!”
Mas…


Eu te encontrarei…
Alguma hora, algum lugar…
Estou torcendo para isso!


Em qualquer tempo que seja,
Qualquer mundo que estiver vivendo,
Eu te acharei!


Estou certo…
Eu estou certo de que te acharei!


[...]


Assim a cortina fecha em outro conto.


Uma eternidade passou…
Sonhos passageiros desfalecem em meio a distância…
Tudo é esquecido agora
Sou apenas eu em minhas memórias…
Mas tenho certeza que nos encontraremos outra vez,
Algum dia, você e eu…
Outro lugar, outro tempo.



Vamos abrir a porta para o formidável desconhecido,
Encontrar outra realidade,
E viver outro hoje…
Quando a história tiver sido contada,
A vida continua…


Até nos encontrarmos novamente,
Cuide-se, meu amigo...

2 comentários:

Rayza Cabral disse...

Estrofes curtas, porém imensas em significado...

D. Novaes disse...

Obrigado pelo apoio, fico muito feliz que tenha gostado.








"You just know"