domingo, abril 03, 2011

O amor dos Pingüins e Namoro na vida Moderna


Antes de tudo, gostaria de dizer que esse é o artigo mais confuso que já escrevi. Então se esforcem um pouco para entender minha “lógica”

PS: se tiver lógica...

É... Após um longo período sem nenhuma atualização nesse blog, venho trazer novamente um textinho que está rechiado de minhas amarguras recentes...

Mas não pensem que só porque estou um pouco para baixo eu vou deixar de importunar vocês. Han... Han... não mesmo.

Cherss!!

Bem, ultimamente tenho passado por um período de transformações em minha vida e gostaria de pegar esse contexto de mudanças e generalizar um pouquinho sobre como é complicado conciliar amadurecimento pessoal, trabalho e questões relativas a relacionamentos amorosos. Para tanto, farei uma análise sobre como algumas espécies de animais se relacionam "afetivamente", e mostrarei como nós, seres humanos, somos tão menos efetivos que eles.

Duvidam?

Antes de começar a escrever sobre os temas propostos, tenho que deixá-los a par de minha situação atual. Assim entenderão - ou não - meu caso.

Então vamos lá...

Minha vida sempre foi um tanto quanto parada, nunca tive que arcar com grandes responsabilidades e gostava disso. Após entrar na faculdade as coisas aceleraram um pouco, mas nada demais com que eu não pudesse lidar. Mas ultimamente as coisas andam bastante corridas. Uma série de mudanças fizeram com que minha rotina fosse drasticamente alterada. Para melhor ou pra pior? Ainda é difícil dizer, mas alguns detalhes não me agradaram de jeito algum.

Acontece que agora estou trabalhando...

Aí você me diz:

“Ô... Grande coisa. Que cara dramático. Escreva  logo um livro...”

É... Eu sei. Quem não trabalha né? Mas acontece que eu sou professor, agora sacou?

Pois é, estou cheio de aulas, e elas vieram justamente nas semanas de provas da faculdade. E pra completar, recebi uma ótima/péssima noticia, minha namorada mudou de cidade e de estado também.

Enfim...

Minha querida, linda e delicada namorada foi aprovada no PROUNI, e teve que mudar de cidade por causa do curso. E agora eu estou muito sozinho...

Bem, como visto, essas mudanças foram um tanto quanto aceleradas, pois foram noticias que eu recebi em uma mesma semana e foi difícil lidar com elas de início. Mas graças ao apoio dos meus queridos amigos, agora estou bem melhor.

Então comecemos o artigo propriamente dito.

Como visto no caso que contei logo acima, às vezes - quase sempre - mudanças ocorrem em nossas vidas quando menos esperamos. Eu estava muito confortável do jeito que estava, e nos meus planos pessoais não constavam essas mudanças, tanto nas questões profissionais, quanto nas questões afetivas. Isso serve para mostrar que é bom estar preparado para mudanças, pois assim será mais fácil lidar com elas. E eu não estava...

A distancia que agora estou da minha companheira me fez refletir sobre a importância de um relacionamento, firme, nos dias de hoje. Ser namorado de alguém antes de ter uma vida estável é uma escolha arriscada, pois às vezes ficamos a mercê do acaso e isso nunca é bom.

Fico feliz por minha namorada ter realizado um sonho, mas ao mesmo tempo, temo e muito, os efeitos da distancia em nosso relacionamento. Talvez esteja sendo infantil ou zeloso demais. Não sei.

O fato é que nos dias de hoje percebo que somos obrigados a obter êxito profissional cada vez mais cedo. Não discordo disso, mas às vezes sinto que essa quase obsessão pelo êxito profissional, às vezes, nos faz esquecer de coisas fundamentais em nossa vida.

E quais seriam essas coisas?

Depende, não da pra dizer que tudo que é fundamental pode ser suplantado pela obrigação que temos de vencer profissionalmente, mas com certeza, os relacionamentos são uma das principais vitimas dessa questão. Somos fruto do meio, e quanto a isso não resta duvida, e em nossa contemporaneidade o meio nos obriga a sermos cada vez mais precoces em nossas decisões...

Será que essa pressão social pelo êxito está nos fazendo mais frios em relação a questões afetivas? É isso que eu estava me perguntando, e cheguei a uma conclusão espantosa. Não, não está.

Parece contraditório não?

É... Sinceramente, acho que não. Queria dizer que é culpa do sistema, da sociedade... Blá blá blá... Mas não é...

Como eu disse, hoje cada vez mais cedo somos obrigados a pensar em um futuro. Como conseguiremos nossa independência financeira etc.. etc.. E isso é comum em nossa sociedade. Como sabemos, a competição gera a qualidade e temos que nos manter sempre mais aptos que nossos concorrentes - lei da seleção natural -. Ou seja, hoje em dia a qualidade determina nossa sobrevivência e, às vezes, para alcançar essa qualidade é preciso “sacrificar” algumas coisas, como lazer, paixões, enfim.

Aí você deve estar se perguntando “Mas eaí, você só está afirmando que a vida moderna está acabando com o amor!!”

Não, não estou, e irei provar...

Como podemos ter uma vida razoável ao lado de quem amamos, se não tivermos como se manter ao seu lado? Hoje todos nós queremos uma casa, um carro, água quente no chuveiro e coca-cola na geladeira. E como conseguir isso sem trabalho? Como séria possível sustentar um sentimento numa situação de miséria?

Não quero dizer que o amor é capitalista, é... Ás vezes é... Mas o que eu quero dizer na verdade, é que se queremos ter realmente um, FUTURO, ao lado de alguém que amamos, temos que começar a se preocupar com o êxito profissional desde cedo. Não?

Vai... Eu sei que você concorda comigo.

Vida Moderna, Relacionamentos Modernos

O ritmo da vida moderna é implacável. Quando começamos a perceber no outro algo que queremos para nós, automaticamente isso nos obriga a tentar ter aquilo. Vivemos em um mundo onde felicidade é ter algo a ser conquistado, e esse algo, muitas vezes, está numa vitrine de loja. Sendo assim, quase ninguém nesse mundo está disposto a ficar para trás.

Nosso padrão de vida, amor, sexo e amizade, quase sempre, são moldados de acordo com que vemos na TV. É legal se enquadrar em estilos. Seguir as tendências. É ruim estar por fora. E porque iríamos querer estar? Talvez... Só talves... Por causa uma palavra chamada, CARÁTER, mas essa é inversamente proporcional as mudanças da vida contemporânea pois, sucesso e dinheiro, atualmente são mais valorizados que caráter. Sendo assim, o amor e os relacionamentos se adaptaram a vida moderna. Eu te amo, desde que você não seja pobre. É algo natural de nosso tempo. Não constitui a REGRA, mas obviamente está longe de ser a exceção.

E os Pingüins?

Ah... Os pinguins... Eles são tão fofos. Todos deveriam ter um em casa. Não aqueles que ficam parados em cima da geladeira. Não! Tem que ser igual do filme Happy Feet, sapatear, cantar e pegar coca-cola na geladeira.

Já contei que já assisti o filme Happy feet quatro vezes seguidas? Pois é, o Mano é uma grande inspiração pra mim.

Então vamos aos pinguins...

Algumas espécies de animais são extraordinariamente fieis. Os pingüins, por exemplo, só tem um parceiro ao longo da vida, e depois que ela ou ele morre, eles não arrumam mais ninguém. Não é legal?

De fato, fidelidade é uma palavra que vem caindo no esquecimento. Hoje temos plena liberdade sexual, e quase não estamos presos aos tabus impostos pelos conceitos de moralidade sexual de outrora. Hoje é normal irmos a uma festa e se relacionarmos com mais de uma pessoa em uma única noite. Tudo isso é muito comum e não gera mais espanto.

Sinceramente não sei afirmar se isso é errado ou não. É impossível se estabelecer um padrão moral sobre o que é certo ou errado em ralação as questões efetivas e sexuais hoje em dia. Eu prefiro seguir com minha ética pessoal e não interferir em assuntos de terceiros, embora não me veja, de maneira alguma, numa situação dessas. Acho a idéia de ter – UMA – pessoa que me ame de verdade, bem mais legal do que ter várias pessoas que me emprestam seu tempo.

Mas a um bom tempo as pessoas preferem curtir a juventude e deixar para se apegar a alguém quando já estiverem cansadas de tanto curtir. Isso é uma opção, mas acho bem melhor quando dedicamos o melhor de nossa vida a outra pessoa. Quando damos a ela/ele a nossa melhor forma. A nossa melhor fase. Acho isso lindo e talvez os pinguins sejam especiais por isso, pois dedicam sua vida ao seu parceiro até a morte...

Como eu vi uma vez no Orkut de uma menina, “Não troco uma vida, por uma noite” e apesar disso ter vindo do Orkut, achei muito bacana.

Os pingüins, assim como outras espécies de animais “irracionais”, estão aí para nos evidenciar o quanto somos patéticos e contraditórios quando estamos tratando de nossas relações amorosas. Não confiamos o suficiente. Não nos entregamos o suficiente. Quando recebemos cobranças nos aborrecemos. Quando não recebemos nos aborrecemos também. Às vezes a vaidade do ser humano acaba figurando centralmente nas relações interpessoais, sejam elas amorosas ou não. Queremos sempre o máximo do outro sem que estejamos dispostos a oferecer o mesmo.

Os pingüins devem ter encontrado a formula secreta do relacionamento perfeito, por isso, talvez, eles se escondam no pólo sul, onde essa formula não corre o risco de cair em mãos erradas.

Cherss!!

Bem é isso. Espero não ter enchido muito a cabeça de vocês. Não deixem de comentar e deixar sua opinião. O principal intuito do artigo é esse.

Até um próximo artigo...