sábado, outubro 27, 2012

Para que todos riam, e o amor morra


Então falamos sobre amor. E todos riam. Então tentamos mudar de assunto, mas todos ainda riam.
É aí que você percebe que você sempre vai ser tolo na visão de alguém.
É aí que você se dá conta que o amor é triste, assim como tudo que sujeita-se ao tempo.
É aí que você tenta cultuar algo mais simples, como amizades. Amigos que você conhece por aí, que você falará coisas, que depois falará a outros amigos que você conhece por aí, que depois te dirá coisas.
Aí percebemos que temos muitos amigos que nos falam coisas, e que falamos muito e nos importamos muito pouco. É aí que o amor se torna uma palavra sem sentido. Uma palavra dirigida pela conveniência.
Pois a regra sempre foi, diga que ama, apenas quando não amar.
Mesmo assim desejamos tentar lutar uma batalha onde se perde apenas uma vez.
Ainda assim desejamos estar juntos, além de uma realidade onde não se pode amar.
Foi quando percebi que amar era simples. Que te querer era fácil. Que fugir era impossível. 
Deixei que todos rissem. Talvez eles estivessem certos. Talvez eu estivesse errado. 
Os risos se tornam aplausos harmoniosos com o som do choro. 
Uma abraço, um beijo e um corpo para cada lado.
Uma mão tremula e uma luva ensanguentada, porque quem me ama não existe mais, e nem quem a amou.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Um caso para entender todos os casos.


Foi apenas um sonho. Certamente não foi real e não deve ter durado mais que alguns minutos. Uma vez vi em um programa de TV que sonhos não duram mais que cinco minutos cada um, mas este pareceu ter durado muito mais que isso.
Foi estranho e confuso lidar com as verdades intrínsecas do meu eu. Ver um virar três, ver três virar nada. Três paixões, um amor, uma verdade apenas. Um sonho estranho, que não pode ser definido com palavras simples. Ou talvez simplesmente não possa ser definido.     
Estranho ver você sentada na minha frente, me olhando. Estranho pensar que aquilo era real. Estranho, mas não totalmente ruim. Não foi ruim.
Mesmo assim era embaraçoso, olhar pra você, enquanto eu não estava sozinho, mas só dois de nós entendia a razão.  Porque não éramos dois, e sim três.
Um passado um presente e uma desordem. Sonhos são estranhos, mas eles talvez digam algo sobre nós que ainda levaremos certo tempo para entender.
Era embaraçoso olhar pro você, ver meu passado condenando meu presente, ver meu fracasso estragando meu sucesso.  Éramos três, mas apenas um sonhava, apenas um amava, apenas um se culpava e apenas um entedia.


D. Benner..