sábado, janeiro 22, 2011

Porque Deus quis?




Olá queridos, chegou à hora de falar um pouco sobre destino, que tal?

Talvez o termo destino, seja um dos mais presentes na vida de todos os indivíduos, afinal a vida é regida por ele. Não é mesmo?

É ou não é?

Bem eu estou aqui para tentar mostrar que não é...

Segundo nosso amigo Wikipédia, o Destino diz respeito a ordem natural estabelecida do universo. Geralmente é concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos provocados ou desconhecidos.

O destino é muito usado para tentar explicar o absurdo dos acontecimentos existenciais (na acepção, absurdo deve ser traduzido como algo não-explicável no âmbito do conhecimento homo sapiens utilizando-se do método científico), assim também, como a responsabilidade dada as divindades para tais acontecimentos.

Enfim, o que nosso amigo wiki quis dizer é que o termo destino é o que usamos para justificar algumas coisas que acontecem em nosso cotidiano. Como por exemplo, aquela velha história de que era o destino de fulano casar com cicrana. E por aí vai...

Muitas vezes, fundamentamos a noção de destino, mesclando-a com conceitos individuais de religiosidade. Assim, seria Deus, ou qualquer outra divindade, o responsável pelos acontecimentos de nossa existência. Ficando a cargo do homem apenas seguir o que já foi preestabelecido por eles.

Que coisa triste não acha? Eu acho!

Enfim... as coisas ainda estão um tanto quanto leves, mais vou me esforçar para piorar.

Bem, então imagine sua vida como um belo livro de mil paginas. Cada uma delas, cuidadosamente escrita por um senhor chamado Destino. Esse senhor, prever neste livro, acontecimentos que dizem respeito a toda sua trajetória, ou seja, seu primeiro totozinho, sua primeira palavra, sua primeira relação sexual. Enfim, tudo que você já fez e ainda fará, está catalogado neste livro.

Algo mais ou menos assim:
Livro do destino de Antonio Dyego Garcia. Pagina 379.

Dia 14 de novembro de 2010. 08h10min. Dyego acorda; levanta um braço; coça um olho; coça a bunda; cheira mão; fica em pé; solta um pum; sorri com cara de safado; olha espelho; mede o comprimento da barriga e assim por diante...

Com vocês podem ver, o senhor destino deve ser bem malandrinho...

De fato, é assim, que muita gente acha que a vida funciona, sem que elas tenham autonomia para praticar seu bom senso. É como se sua vida fosse um simples capricho de alguma divindade e a única responsabilidade do ser humano, séria folear as paginas de sua vida, seguindo cada parágrafo nelas escrito.

Enfim, é notável a facilidade que o ser humano tem de se apegar mais ao fantástico do que ao real, sendo assim é bem mais charmoso, ou, confortável, acreditar numa vida, onde cada um de nos, tem uma missão, Algo a praticar e a legar. Isso tem sido assim desde um princípio da humanidade e dificilmente, encontrará um fim.

Então você pode me dizer:

- Sim, seu blogueiro metido a sabixão, como você pode me provar que destino não existe? Rum!
Aí é que tá, não posso!

O que posso realmente fazer é tentar persuadi-los a se auto-questionarem sobre as controvérsias relacionadas a noção de destino, principalmente, quando relacionada a religiosidade.

Então observem esse exemplo.

Você é um jovem cristão, católico ou protestante, tanto faz. Automaticamente quando você se assumi com tal, vai está aceitando a idéia de que, algum dia, será julgado por seus atos, e poderá encontrar descanso ou sofrimento eterno. Não é assim? Ao mesmo tempo, você também carrega com sigo a noção de livre arbítrio. Ou seja, você está livre para praticar o que bem entender. Boas ou más ações.

Então, quando adicionamos a idéia de destino a este contexto, observamos uma grande controvérsia. Como pode haver destino e livre arbítrio ao mesmo tempo?

Como uma pessoa que tem sua vida preestabelecida pode responder perante Deus por seus atos?

Segundo essa ótica, um homem por mais maldades que tenha cometido, não poderá ser julgado pelos seus atos, pois em nenhum momento teve escolha, ele só estava cumprindo seu destino, que, neste caso, não era o mais feliz.

Viram como é contraditório? E olha que estou me apegando só a aspectos simples.

O fato é que grande parte das pessoas, sejam religiosas ou não, acreditam ou simpatizam com a idéia de destino. Sendo que muitas vezes essas crenças se contradizem. É imperativo entender como é lamentável atribuir ao destino ou a Deus a responsabilidade por tudo que ocorre em nossas vidas. É o velho conhecido “porque Deus quis” Isso é um insulto a sua qualidade de ser humano e uma grande irresponsabilidade também.

Pessoas que aceitam os fardos da vida e acham que isso faz parte de seu destino, são pessoas conformistas, que dificilmente farão algo para mudar sua situação. Aceitar uma doença o qualquer outro mal, como sendo destino é mais uma vez, um desmerecimento a sua vida.

Se ainda assim você acredita em destino. Bem, só me resta lamentar por você. É uma escolha bonita, mas muito pouco inteligente.

Cherss!!