sábado, outubro 27, 2012

Para que todos riam, e o amor morra


Então falamos sobre amor. E todos riam. Então tentamos mudar de assunto, mas todos ainda riam.
É aí que você percebe que você sempre vai ser tolo na visão de alguém.
É aí que você se dá conta que o amor é triste, assim como tudo que sujeita-se ao tempo.
É aí que você tenta cultuar algo mais simples, como amizades. Amigos que você conhece por aí, que você falará coisas, que depois falará a outros amigos que você conhece por aí, que depois te dirá coisas.
Aí percebemos que temos muitos amigos que nos falam coisas, e que falamos muito e nos importamos muito pouco. É aí que o amor se torna uma palavra sem sentido. Uma palavra dirigida pela conveniência.
Pois a regra sempre foi, diga que ama, apenas quando não amar.
Mesmo assim desejamos tentar lutar uma batalha onde se perde apenas uma vez.
Ainda assim desejamos estar juntos, além de uma realidade onde não se pode amar.
Foi quando percebi que amar era simples. Que te querer era fácil. Que fugir era impossível. 
Deixei que todos rissem. Talvez eles estivessem certos. Talvez eu estivesse errado. 
Os risos se tornam aplausos harmoniosos com o som do choro. 
Uma abraço, um beijo e um corpo para cada lado.
Uma mão tremula e uma luva ensanguentada, porque quem me ama não existe mais, e nem quem a amou.

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