sábado, novembro 24, 2012

Essência do fim



Então amigo...
Quando foi que isso começou?
Certamente é bem mais fácil lembrar-se do inicio.
O meio, o intervalo entre o principio e o fim, esse é que nos custa lembrar.

Não porque seja de todo ruim,
Não é...
Nem que esteja fora do alcance da reminiscência...
No entanto...
É precisamente aí que nos pegamos desamparados,
Lutando para esquecer tudo aquilo que nos custou conquistar.
Cada momento único...
Que em sua síntese já valeria uma vida plena.

Cada detalhe ínfimo.
Cada mistério...
Cada sorriso de canto de boca
Cada suspiro e frio na barriga
Cada olhar direcionado ao nada
Cada pensamento que gostaríamos de escutar
Cada alvitre protegido em um canto seguro na memória
Que agora deverá ser evitado...
Mas de quem é a culpa amigo?

Não creio que seja possível apontar culpados.
Por vezes as coisas são perfeitas na totalidade do instante,
Na efemeridade do eterno.
Somos volúveis de fato.
Não necessariamente ruins...
Não necessariamente mal intencionados...
Não totalmente convictos
E nem tão pouco incrédulos.
Somos um instante onde tudo faz sentido
Envoltos por um infindável ciclo de incertezas... 


Amigo!
Nem a morte pode te fazer distante.
O clico da natureza está falhando.
Eu posso te ver!
As lagrimas derramados foram em vão,
Os sonhos desfeitos agora podem ser renovados
O clico se rompeu...

A vida não é mais o prenuncio da morte
Nem alma a essência da vida
Nem os sábios são os mestres da verdade
Nem os tolos são inguento da mentira.
Nem é possível dizer quem está certo agora
Ou quem esteve errado no passado.

Tudo se encontra perto do princípio
Tanto quanto perto do final.
Toda a realidade se monta a nossa volta
Em um ciclo que se comprime, contrai e dilata...
Revelando-nos todos os segredos...
Todos os mistérios...
As repostas para as questões mais profundas
Abruptamente, diante do ultimo suspiro...
Um olhar...
Um sorriso...
Não exatamente em vão
Não necessáriamnete benéfico
Nem tão pouco desnecessário...
Um segundo...
Um instante eterno...
Sem lagrimas...
Sem arrependimentos.
Sem passado.
Sem futuro.
Sem nada.

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